quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rio Maior


INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Rio Maior situa-se no centro do país, a 80 km de Lisboa, 30 km de Santarém e 20 km de Caldas da Rainha. Pertence à Região de Turismo do Oeste e, administrativamente, é um dos concelhos do Distrito de Santarém. Abrange uma área de 277,4 km2 com altitudes inferiores a 500m, salvo raras excepções. As várias linhas de água que percorrem o seu território constituem uma densa rede hidrográfica da qual se destaca o rio Maior que deu nome à localidade e concelho. O Norte do concelho, delimitado pela Serra dos Candeeiros, apresenta um variado número de grutas e algares naturais. Para Sul são mais evidentes as planuras e consequentemente, as influências ribatejanas.


HISTÓRIA

Não é muito conhecida a história deste concelho. Sabe-se, no entanto, que o Mar Terciário cobriu parte desta região, numa época em que se verificaram profundas transformações na crosta terrestre. Testemunho destas transformações são o sal-gema, os calcários e os fragmentos de grandes vertebrados (elefantídeos. rhinoceros, etc.). A riqueza do espólio pré-histórico é dos mais notáveis do país: o castro de S. Martinho, as grutas da Senhora da Luz e Alcobertas, as estações da Quinta da Rosa e de Arruda dos Pisões, entre outros, abrangendo todo um período que vai do paleolítico inferior ao romano. A presença desta civilização é assinalada por alguns fustes, mosaicos, restos de muralhas, vestígios de fundição de metais. Não existe qualquer monumento evocativo do seu passado. No entanto, a documentação sobrevivente dá-nos conta de acontecimentos aqui ocorridos pelo menos a partir do século XII. D. João II e Marquês de Pombal interessaram-se pelo desenvolvimento da povoação, que dotaram de edifícios e de uma feira anual que ainda perdura com o nome de Feira das Cebolas.


ROTEIRO TURÍSTICO

Rota do Sul Rio Maior: Igreja da Misericórdia, Casa Senhorial D'el-Rei D. Miguel, Capelinhas dos Passos, Capela de Nª Srª da Vitória, Ruínas do Paço Senhorial Medieval, Travessas do Velho Burgo, Villa Romana, Porta Manuelina (Biblioteca Municipal), Galeria Municipal.
Arrouquelas: Igreja, fonte antiga e zona envolvente.
Assentiz: Fonte Mourisca, Capela e Quinta do Visconde de Assentiz.
Vila da Marmeleira: Igreja, Praça de Touros, Conjunto Urbano do séc. XIX, Mirante, Paul da Marmeleira.
Azambujeira: Centro Cívico Medieval com igreja,
Pelourinho, Praça e Museu.
Calhariz: Ponte romana de oito arcos.
S. João da Ribeira: Igreja, Torre Mourisca, Estelas Medievais (Cabeceiras de sepultura), Museu Etnográfico, Quinta do Seabra.
Ribeira de S. João: Museu Rural, Quinta da Ferraria.
Outeiro da Cortiçada: Restos de uma Porta Manuelina, Igreja, Quinta da Cortiçada.
Arruda dos Pisões: Igreja.



Rota da Serra


Vale Ventos: Magnífico conjunto de aldeia serrana bem conservado.
Casais Monizes: Algumas casas serranas, Cisternas.
Alqueidão: Porta Manuelina.
Alcobertas:
Igreja, Dolmen, Silos Romanos, Forno Cerâmico Medieval (origem romana), Cabeço da Pena - Basalto Prismático, Azenhas no Olho de Água - Castro de S. Martinho.
Chãos: Teares, Casas rústicas, Cisternas.
Marinhas do Sal:
Marinhas de Sal-gema, Poço - nascente de água salgada, Conjunto de Casas Típicas de Madeira.
Rio Maior:
Igreja da Misericórdia, Casa Senhorial de D. Miguel, Capelinhas dos Passos, Capela de Nª Srª da Vitória, Villa Romana, Porta Manuelina (Biblioteca Municipal), Galeria Municipal.
Alto da Serra: Casa da Muda, Três Moinhos, Algar da Capa Rota, Estrada Real D. Maria Pia (Muros e Pavimentos).


LOCAIS A VISITAR

Os Serviços de Turismo da Câmara Municipal de Rio Maior acompanham grupos em visitas ao Concelho, com marcação prévia. Os grupos podem ser provenientes de estabelecimentos de ensino e formação, empresas, IPSS, associações, particulares, entre outros.


Marinhas do sal

As salinas naturais de Rio Maior, situadas a 3 km da sede de concelho, constituem um dos principais referenciais da localidade e são um orgulho para Rio Maior por serem as únicas do género em Portugal ainda em exploração. Estas salinas estão consideradas como Imóvel de Interesse Público, no contexto do património cultural português.

Museu Rural e Etnográfico de São João da Ribeira

O Museu encontra-se num edifício remodelado que antigamente foi um velho lagar e divide-se em três zonas distintas: a sala principal que apresenta diversos núcleos vinho, lavoura, matança do porco, sapateiro, entre outros; a cozinha, onde se pode assistir ao fabrico do pão pelos métodos tradicionais e saboreá-lo no final da visita; o quarto, em que tudo foi pensado ao pormenor, desde o colchão da cama, feito com camisas de milho, ao conteúdo das gavetas da cómoda (só recebe visitas com marcação prévia).


Dólmen de Alcobertas

É um monumento megalítico de carácter funerário.
Este monumento encontra-se entre os dez maiores dólmenes da Península Ibérica. Segundo a tradição, terá sido este dólmen que deu origem à Igreja Matriz.


Igreja Matriz de Alcobertas

A Igreja Paroquial de Santa Maria Madalena, em Alcobertas, é um megalito-capela adjacente, revestida de azulejos do tipo “padrão” no século XVII.
O que singulariza esta Igreja é o facto de uma das capelas laterais ter aproveitado e reutilizado uma anta.
A Igreja Matriz exibe no seu interior a pia baptismal e a de água benta, ambas do século XVI.
A Igreja tinha uma fachada barroca destruída numa remodelação realizada já neste século.


Olho d´Água de Alcobertas

É uma nascente da Ribeira de Alcobertas, representando um dos poucos locais na área do Parque, onde a água é abundante e permanece ao longo do ano.
Esta nascente foi ponto de abastecimento para animais e pessoas que percorriam vários quilómetros em busca da água que sempre escasseou na região. Ainda hoje é utilizada para lavagem de roupa e faz mover a azenha que se encontra a poucos metros.


Azenha do olho d´Água (Alcobertas)

Os Olhos de Água e as suas azenhas embelezam esta freguesia pelas suas magníficas paisagens de riqueza natural. A Azenha encontra-se integrada no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros e
Produz, no Inverno, cerca de 2000 kg milho e, no Verão, produz 280 kg de farinha de trigo.

É o único moinho do concelho em actividade.


Silos ou Potes Mouros (PNSAC)

Descobertos no decurso da exploração local, os silos de Alcobertas constituem o maior conjunto de silos conhecidos na Península Ibérica, existindo actualmente cerca de 35, mas originariamente seriam entre 80 a 100. Escavados em grés avermelhado, seriam utilizados para armazenar cereais, existindo em alguns lajes de calcários que serviam de tampa, as quais seriam depois cobertas com palha e argila para evitar a entrada de humidade, água ou animais.


Forno Medieval (Alcobertas)

Este forno foi descoberto nos anos cinquenta do século XX.
É um forno comunitário, de pequenas dimensões, utilizado para a cozedura de cerâmica, sobretudo telha. As paredes envolventes, tanto na fornalha como superiormente, foram construídas com blocos de barro cru, encostados ás paredes de saibro que foram cozendo durante as primeiras fornadas.


Gruta de Alcobertas

Tem uma extensão de 210 metros e atinge, em alguns locais, 9 metros de altura.
O seu interesse arqueológico baseia-se nas ossadas humanas do Paleolítico Superior.
Actualmente, as visitas à gruta são possíveis em grupo e através de marcação junto do Gabinete de Turismo ou da Cooperativa Terra Chã.


Áreas Naturais de Rio Maior

Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é uma área protegida. Foi criada no dia 4 de Maio de 1979 pelo Decreto-Lei Nº 118/79[1], tem por objectivo a protecção dos aspectos naturais assim como a defesa do património arquitectónico. Possui uma área de 38 900 hectares e abrange os municípios de Alcobaça e Porto de Mós, no Distrito de Leiria e Alcanena, Rio Maior, Santarém, Torres Novas e Ourém, no Distrito de Santarém.
Faz parte do maciço calcário estremenho e ali encontram-se os mais importantes exemplos de morfologia cársica do país.
A vegetação espontânea é constituída por carrascais que alternam com arbustos, onde domina o alecrim e muitas outras plantas naturais.
Dos vestígios paleontólogicos, destaca-se a famosa pista de pegadas de dinossauro do Jurássico médio na “Pedreira do Galinha”, com cerca de 175 milhões de anos. Contém não só o mais antigo e o mais longo registo mundial de pegadas de saurópodes, como também os testemunhos - excepcionalmente bem conservados - de alguns dos maiores animais terrestres jamais existentes.




MONUMENTOS DE RIO MAIOR

Igreja da Misericórdia

É um templo de fachada barroca, de uma só nave. Possui dois altares laterais e dois colaterais, estes últimos do séc. XVI. Enquadra-se numa época muito própria. D João V, 1698 - 1750, monarca da dinastia de Bragança, filho de D Pedro II e de D. Maria Sofia Isabel de Neubourg, protagonizou a última manifestação do absolutismo monárquico em Portugal e atinge o cume da arte barroca no país.



Casa Senhorial d’ El-Rei D. Miguel

Situa-se numa zona muito antiga da cidade, e pensa-se que aqui teria residido por alguns dias D. Miguel, nas vésperas da Batalha de Almoster (ocorrida a 18 de Fevereiro de 1834), numa fase muito conturbada da História de Portugal. Neste mesmo local, foram encontrados vestígios de ocupações humanas em diferentes épocas, desde restos de fornos romanos, uma alfaiataria do século XIX, uma cozinha do século XVIII, uma capela privativa, um silo aparentemente medieval, para além de pinturas e painéis.


Villa Romana

Foi detectada no século III / IV e foi descoberta em 1983 pelo Sector de Museus, Património Histórico, Arqueológico e Cultural da Câmara Municipal de Rio Maior. Entre 1992 e 1993, foi aberta uma vala de sondagem, abrangendo todo o terreno, para avaliar a potencialidade e grau de integridade dos vestígios arqueológicos.
Em 1995, sob a direcção do Dr. Beleza Moreira, iniciaram-se as escavações deste Sítio.
O espólio recolhido no decurso das escavações é sobretudo composto de peças indicadoras do grande luxo e riqueza desta Villa e dos seus proprietários.



Ruínas do Paço Senhorial

Situam-se junto à Igreja da Nossa Srª da Vitória e julga-se que a Capela é um sucedâneo de uma outra que terá existido no Paço medieval, e sobre a qual a última foi parcialmente construída. As escavações constantes da imagem ao lado foram feitas junto à Capela de Nª Srª da Vitória, e são relativamente recentes. Este Paço Medieval foi Paço Real e uma necrópole aquando das Guerras Peninsulares e das Lutas Liberais.


Capela da Nossa Srª. da Vitória

Situada no ponto mais alto da cidade, foi reconhecida por Capela das Armas por ter pertencido à Irmandade das Almas. Actualmente cedida à paróquia, encontra-se incorporada na misericórdia desde 1914, não se encontrando aberta ao culto.

Marinhas do sal

As salinas são uma mina de sal-gema, muito extensa e profunda, atravessada por uma corrente subterrânea que alimenta um poço de onde se extrai a água, sete vezes mais salgada que a do Oceano Atlântico. O poço comum, com as suas sete regueiras, as picotas ou cegonhas, os talhos e as eiras, assim como as rústicas e típicas casas de madeira com as suas chaves e fechaduras também em madeira, completam esta curiosidade da Natureza. O processo de exploração é típico e artesanal, constituindo estas Salinas Naturais o verdadeiro ex-libris da Cidade de Rio Maior. As suas pirâmides de sal constam do brasão da Cidade.




GASTRONOMIA

Confecções tradicionais das várias freguesias do concelho de Rio Maior:

Asseiceira: torradas de alho, à base de pão de trigo caseiro, alho e azeite; lapardana, feita com batata e azeite; tiborna, confeccionada com alho, pão de milho, água-pé, azeite e bacalhau.

Alcobertas: bolo de azeite feito com farinha de milho e trigo; sopa de fressura ou sopa de verde, à base de bofe de cachola de porco; queijo de cabra.

São João da Ribeira: sopa de cardos com feijão branco e os chícharos com bacalhau assado.

Arruda dos Pisões: sopa de pampostos com feijão seco e arroz; salada de rabaça.

Outeiro da Cortiçada: feijão cozido à Narcisa; cachola guisada à camponês; bacalhau guisado com batatas à Narcisa; favas guisadas com toucinho; grão-de-bico com migas e a tiborna, feita com broa de milho e vinho.

Arrouquelas: o destaque vai para o arroz com feijão, que inclui bacalhau, tomate e cebola; cachola com arroz.

Ribeira de São João: arroz de bucho; massa de bacalhau; feijão vermelho com abóbora.

Azambujeira: o prato mais tradicional é o magusto, feito com pão duro ou farinha de milho, hortaliça, alho, azeite e sal. Com o mesmo nome, este prato também é apreciado em Alcobertas, Arruda dos Pisões e São Sebastião.

Vila da Marmeleira: enguias à Paúl; carne de porco à talim-talão.

Rio maior: galo com nozes, ao qual se adiciona pimenta, azeite, sal, alho e banha. Na zona de Fráguas, o prato tradicional principal é o galucho, confeccionado a partir de um galo velho caseiro colocado em molho de vinho tinto.

Pão-de-Ló: O aparecimento do pão-de-ló de Rio Maior deve- se à Srª Alice Sequeira, que criou um pão-de-ló diferente dos restantes (devido à temperatura do forno e ao tempo de cozedura). Ao mesmo tempo, decidiu vendê-lo em embalagens especiais, o que acabaria por constituir a primeira grande especialidade gastronómica da região.
Hoje em dia, o pão-de-ló de Rio Maior é muito procurado em Portugal.


COSTUMES E TRADIÇÕES

A Feira das Tasquinhas representa a gastronomia regional e a cozinha típica do concelho. Esta feira tem evoluído bastante nos últimos anos, registando sempre um elevado número de visitantes que vêm à procura da boa comida e de divertimento. Esta Feira destaca também o artesanato local e regional. Ultimamente a Feira das Tasquinhas tem-se realizado num período que apanha o fim de Fevereiro e a primeira semana de Março.


Frimor-Feira da Cebola

Este evento surgiu no século XVIII (1761). Esta feira é consagrada à divulgação e venda das cebolas. A maior parte dos vendedores de cebolas vêm de fora do concelho, principalmente da zona de Alvorninha (concelho de Caldas da Rainha).
A FRIMOR realiza-se sempre na primeira semana do mês de Setembro, fazendo confluir a Rio Maior milhares de visitantes.

FIGURAS E FACTOS DA CULTURA RIOMAIORENSE

Eugénia Lima é uma das melhores acordeonistas em todo o Mundo. Na área da música, esta excelente executante tem levado mais longe aqui e ali o nome de Rio Maior, constituindo uma das referências da localidade a nível nacional e internacional.
Na área das artes plásticas, merecem destaque os pintores António Rafael, o aguarelista António Almeida e o pintor e performer Manoel Barbosa que tem o seu atelier em Lisboa e é figura assídua em exposições no estrangeiro.
Manuel Barbosa tem-se destacado na pintura, tendo já exposto os seus trabalhos em diversas galerias espalhadas pelo Mundo, desde os Estados Unidos, Japão, França e outros países europeus. Este conceituado artista riomaiorense é assim uma figura obrigatória entre os performers de todo o Mundo.
Todos eles têm contribuído com os seus trabalhos para a divulgação de Rio Maior, através da participação em múltiplas exposições e da publicação de catálogos de alta qualidade.



ALOJAMENTO

Residencial RM
R. Dr. Francisco Barbosa
Rio Maior
Telef. 043-92087 - Fax: 043-92088

TURISMO RURAL
Cabeço dos Três Moinhos
Serra de Aire
Telef. 043-991165

Moinho do Maia
Alto da Serra
2040 Rio Maior
Telf. 043-92128 - Fax: 043-91714

Quinta da Ferraria
Ribeira de S. João
2040 Rio Maior
Telef. 043-95001 - Fax: 043-95696

Casal do Foral e Moinho da Senta
R. da Boavista, 10
2040 Rio Maior
Telef. 043-992610 - Fax: 043 478778

TURISMO DE HABITAÇÃO
Quinta da Cortiçada
Outeiro da Cortiçada
Rio Maior
Telef.: 043-478182

Parque de Campismo
Arrimal, no Parque Natural

Salvaterra de Magos Casa do Granho
Barragem de Salvaterra de Magos
2120 Salvaterra de Magos
Telef. 063-58516

Residencial Estrela
Av. Dr. Roberto Ferreira Fonseca, 48
2120 Salvaterra de Magos

Parque de Campismo
Património da Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo

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